Bitolas Ferroviárias


Bitola é a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos em uma via férrea.

As ferrovias em todo o mundo adotam várias medidas de bitola, sendo a mais frequentemente usada a de 1435 mm (4 pés e 8½ polegadas), por isso denominada de Bitola Padrão, Bitola Standard, ou Bitola Internacional. Em utilização técnica e normativa esta bitola é designada pelo seu valor nominal 1435 mm, atendendo a que cada bitola constitui em si mesmo um "padrão". 

A popularidade da Bitola Padrão deve-se inicialmente à sua maior utilização nas primeira ferrovias construídas no Reino Unido e, posteriormente, ao uso da mesma nos EUA em função do uso de material rodante britânico, comprado pelas primeiras ferrovias americanas.

As bitolas com medida maior do que a bitola de 1435 mm são consideradas "Bitola Larga", enquanto as de medida menor são chamadas de "Bitola Estreita".

Aqui no Brasil, as bitolas mais comuns são a Bitola Métrica (Estreita), presente em 23.489 km de trilhos e a Bitola Irlandesa (Larga), com aproximadamente 4.050 km.

Em diversos trechos ferroviários no Brasil há a existência de três ou mais trilhos correndo em paralelo em uma única linha, a chamada Bitola Mista, a fim de permitir que trens de diferentes bitolas possam operar no mesmo trecho.



Denominação / Países
1.435mm - Bitola Padrão, usada na Europa, Argentina, Estados Unidos, Canadá, China, Korea, Austrália, Oriente Médio, África do Norte, México, Cuba, Panamá, Venezuela, Peru, Uruguai e Filipinas. Também em linhas de alta velocidade na China e Japão (aproximadamente 60% das ferrovias mundiais);

1.676mm - Bitola Indiana, usada na Índia, Paquistão, Argentina e Chile (aproximadamente 6,5% das ferrovias mundiais); 

1.668mm - Bitola Ibérica, usada em Portugal e Espanha;

1.600mm - Bitola Irlandesa, usada na Irlanda, Austrália e Brasil;

1.524mm - Bitola Finlandesa, antiga Bitola Russa, usada na Finlândia;

1.520mm - Bitola Russa, usada na Rússia, Estônia, Lituânia, Mongólia (aproximadamente 17% das ferrovias mundiais);

1.067mm - Bitola do Cabo, usada na África do Sul e Central, Indonésia, Japão, Taiwan, Filipinas, Nova Zelândia e Austrália (aproximadamente 9% das ferrovias mundiais);

1.000mm - Bitola Métrica, usada na Ásia, Índia, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Suíça, Kenia e Uganda (aproximadamente 7% das ferrovias mundiais).

Quer saber um pouco mais sobre bitolas ferroviárias, então clique aqui.

Descarriladeira - Chave Falsa - Ratoeira

 

Descarriladeira ou Chave Falsa, popularmente conhecida como Ratoeira é um dispositivo de segurança (armadilha) instalado em uma linha, para impedir a mudança de via acidental ou não autorizada de trens ou veículos para uma linha principal ou outras linhas que necessitem serem protegidas. As chaves descarriladeiras poderão ser operadas manual ou eletricamente. 

No caso de uma locomotiva ou veículo ferroviário passar o sinal fixo que indica PARADA ou um determinado marco, entrará em um desvio interrompido e descarrilará. Essas chaves são usadas em determinados pontos, como saída de pátios com grandes declives e principalmente em linhas onde se costumam desviar vagões, locomotivas ou trens.

Veja no vídeo abaixo uma descarriladeira fazendo seu trabalho:

Trem das Águas - Sul de Minas


O Trem das Águas é um trem operado pela ABPF - Regional Sul de Minas na cidade de São Lourenço – MG. O trem parte da estação central de São Lourenço, KM 80 da ferrovia Minas & Rio, segue então para Soledade de Minas, localizada no KM 90 da ferrovia, totalizando um total de 20 km de passeio (ida e volta).

O trem é tracionado por uma autêntica locomotiva a vapor, sendo que em São Lourenço existe a disposição do trem a Locomotiva 327, uma locomotiva Inglesa de 1928 do tipo Pacific (rodagem 4-6-2) e a Locomotiva 1424, uma locomotiva Americana de 1927 do tipo Mikado (rodagem 2-8-2). O trem é formado por até 8 carros de passageiros, sendo na maioria antigos carros de madeira e dois antigos carros de aço carbono.

O passeio todo tem duração de duas horas, sendo 40 minutos na viagem de ida, 40 minutos de parada em Soledade e 40 minutos na viagem de retorno. Durante o trajeto violeiros animam a viagem cantando musicas populares.

Para maiores informações sobre o passeio, clique aqui e acesse o site da ABPF.
O vídeo é da Karin França, clique aqui para conhecer seu canal no YouTube.

Novo Trem de Passageiros da Vale


O trem de passageiros da Vale, que liga Minas Gerais ao Espírito Santo pela Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), tem uma novidade. A Vale anunciou uma série de investimentos no tradicional meio de transporte que leva os mineiros ao litoral capixaba.

Única empresa do país a oferecer, diariamente, o serviço de transporte ferroviário de passageiros em longa distância, a companhia afirma que investiu US$ 80,2 milhões para renovar a frota. Fabricados na Romênia, os vagões obedecem a padrões europeus de qualidade. Serão, ao todo, 56 novos carros, sendo 10 executivos (60 lugares) e 30 econômicos (79 lugares), além de vagões-restaurante, lanchonete, gerador e cadeirante (destinado a pessoas com dificuldade de locomoção).

Os primeiros carros desembarcaram em Vitória depois do Natal e, após serem montados, seguirão para testes na ferrovia nos primeiros meses de 2014. A previsão é de que circulem ainda no primeiro trimestre. Toda a frota nova estará na malha da EFVM até o segundo semestre do ano. “Também renovaremos a frota do Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e os novos vagões começarão a operar a partir de 2015”, informa o comunicado da empresa.

Segundo a empresa, o projeto de  renovação focou o conforto dos passageiros. Os novos carros possuem climatizadores e tomadas elétricas individuais nas poltronas para carregamento de equipamentos eletrônicos, como notebooks e celulares. Os vagões também serão equipados com monitores de vídeo para o entretenimento.

A novidade também são os displays externos e internos, que para informações gerais sobre a viagem, como por exemplo dados sobre destino e trajeto do trem, número dos carros, estações e paradas de embarque e de desembarque.

Com 30 pontos de embarque e desembarque, a Estrada de Ferro Vitória a Minas passa por 42 cidades e conta com 30 pontos de embarque e desembarque. Os valores das passagens para o percurso completo são definidos em R$ 91 para classe executiva e R$ 58 para econômica.


Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro


O Museu Ferroviário Barão de Mauá foi inaugurado em 9 de março de 1979 e está localizado em Jundiaí, São Paulo. Possui em seu acervo réplicas de locomotivas a vapor, da sala do chefe de estação e até da sala de espera para senhoras, além de maquetes de ferreomodelismo.

Sua primeira denominação foi uma justa homenagem ao pioneiro do transporte ferroviário no Brasil, Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá). No entanto, após seu restauro, foi aberto com novas bases museológicas, em 14 de maio de 1995, denominando-se Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Instalado em um centenário edifício de tijolos aparentes com dois andares e cerca de 1.500 m² que, por si só, já é uma obra de grande interesse histórico por lembrar as típicas construções ferroviárias, o museu desenvolve um trabalho de resgate da memória ferroviária, enfocando a sua importância no desenvolvimento da economia e progresso da lavoura cafeeira no estado de São Paulo.


O museu está instalado na Avenida União dos Ferroviários, 1760 - Jundiaí - SP. Quem puder faça uma visita! Lembrando que a excelente reportagem é do Mochileiro Quarentão, se você também curtiu, clique aqui para ver mais sobre o trabalho dele.

Estação Sorriso - Consultório odontológico dentro de um vagão

 

No interior de São Paulo, funciona um consultório dentário muito curioso, o Estação Sorriso. O local foi construído a partir de um vagão antigo, que após passar por uma restauração, se transformou em um posto de atendimento para deixar seus dentes na linha.

Viagem entre São João del-Rei e Antônio Carlos nos anos 70


Na década de 1970, o norte-americano David Corbitt passou pelo Brasil e registrou algumas ferrovias. Entre elas está a antiga E. F. Oeste de Minas, mostrada como sobrevivente de uma era passada.

O registro, realizado em filme Super 8, mostra trechos de uma viagem entre São João del-Rei e Antônio Carlos (100km) e alguns takes da estação e pátio de São João, inclusive flagra a rotunda e o depósito de locomotivas.