Excelente documentário, onde trabalhadores e viajantes fazem uma
projeção sobre a revitalização da ferrovia que unia o sertão paulista,
relatando o impacto de sua extinção.
O documentário está dividido em seis partes, mas vale a pena conferir:
O documentário está dividido em seis partes, mas vale a pena conferir:
"É já faz tempo que partiu o último comboio de esperanças, e ao longe apitou nas curvas dos anos uma derradeira saudade, esvanece na memória espirais de lembranças antigas, crescem nos trilhos desolados da vida os primeiro ramos da sempre-viva.
Houve
um tempo de cores e risos, movimento intenso, calor e ruido de eterna
festa, batiam sinos da loucura que soava inquieto num coração jovem,
passaram as ilusões e as dores, passaram a principio lentamente deixando
a estação, vagão por vagão de lágrimas, outros de mágoas, alguns de
momentos, outros de ternura.
Corre
agora no ar o silêncio do abandono, sussurra apenas a aragem do adeus,
baixa agora a cancela ao nível do chão e na passagem impedida espera...
Ouve-se ainda o coração?
Fechada
a estação vem os pássaros morar nos seus beirais, ah o velho campanário
não anuncia mais chegadas ou partidas, desta linha, ramal da vida,
penúltima parada da dor, não parte mais nenhuma ilusão..."
Essa poesia, declamada por Rolanda Boldrin, no documentário O TREM PASSOU E A GENTE FICOU, é de minha autoria: Isa Musa de Noronha
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